A lista de dez palavras candidatas para a eleição em 2025 foram as que se seguem abaixo, junto dos significados que justificaram a seleção de cada uma delas:
agente (IA)
Os agentes de inteligência artificial têm proliferado em diferentes aplicações, como serviços públicos, educação, saúde e comunicação.
apagão
A falha do fornecimento elétrico paralisou o país, deixando milhares de pessoas sem acesso a transportes, comuicações e serviços básicos.
eleições
Após as legislativas de maio, os portugueses voltaram às urnas em outubro para votar nas autárquicas, enquanto se perfilam candidatos para as presidenciais.
elevador
O trágico acidente com o Elevador da Glória expôs a vulnerabilidade dos sistemas históricos de transporte urbano, levantando sérias questões sobre segurança e manutenção.
flotilha
A flotilha Global Sumud reuniu embarcações de dezenas de países com o objetivo de entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
fogos
Com mais de 250 mil hectares de área ardida, 2025 foi um dos piores anos de sempre em termos de fogos florestais.
imigração
O tema da imigração tornou-se omnipresente, revelando um país dividido entre a necessidade de regulação e os desafios da integração.
moderado
A dificuldade de acesso à habitação levou o governo a anunciar um pacote de medidas que gerou polémica devido ao valor das rendas moderadas.
perceção
Os dados mostram que a sensação dos portugueses a respeito de temas como segurança, saúde ou corrupção está com frequência desalinhada da realidade.
tarefeiro
O recurso a tarefeiros tem aumentado, designadamente com médicos contratados à hora para suprir carências nas urgências e outros serviços hospitalares.
Este ano as votações para eleger a PALAVRA DO ANO® decorreram até 30 de novembro de 2025 em www.palavradoano.pt e em 3 de dezembro anunciou-se a palavra que, segundo os votantes, melhor representa 2025: APAGÃO!
Esta iniciativa da Porto Editora, em parceria com a Infopédia, decorre há 17 anos e já levou à eleição das seguintes palavras
"Liberdade" (2024)
"professor" (2023)
"guerra" (2022)
"vacina" (2021)
"saudade" (2020)
"violência doméstica" (2019)
"enfermeiro" (2018)
"incêndios" (2017)
"geringonça" (2016)
"refugiado" (2015)
"corrupção" (2014)
"bombeiro" (2013)
"entroikado" (2012)
"austeridade" (2011)
"vuvuzela" (2010)
"esmiuçar" (2009)
in https://www.portoeditora.pt/noticias/qual-sera-a-palavra-do-ano-reg/234126
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Os
alunos de 3e/9º ano foram desafiados a escolher a palavra do ano 2025, a
partir da lista da Porto Editora, apesar da viverem longe de Portugal.
Apresentam-se a seguir os votos deles:
Podem
ler-se a seguir algumas justificações dadas aquando da escolha/rejeição de
algumas das palavras da lista proposta pela PE:
JUSTIFICAÇÃO Nº 1
Eu
decidi colocar a palavra “fogos” em primeiro lugar porque, no meu caso, tem um
significado particular, pois, durante as férias de verão, na região onde vivem
os meus avós, houve muitos incêndios. Contrariamente ao apagão, eu estava em
Portugal quando aconteceram os incêndios e até ajudei a apagar os que rodeavam
a minha aldeia. Por isso, também, decidi colocar a palavra “apagão” em
segundo lugar. De facto, quando a luz voltou, esqueceu-se rapidamente o apagão,
enquanto os fogos não se esqueceram tão depressa já que deixaram as serras
negras e despidas. Foi esse aspeto pessoal que me fez colocar essas duas
palavras antes de “agente IA”. Mesmo
se os agentes (IA) são uma verdadeira revolução, referem algo mais “abstrato”
nas nossas vidas. Por enquanto ainda não são tão perigosos como os fogos que
alastram pelo mundo e que destroem magníficas paisagens. Os “agentes IA” parecem-me
refletir mais a atualidade do que, por exemplo, a palavra “imigração” daí eu
ter-lhes atribuído a terceira posição.
(RPB)
JUSTIFICAÇÃO Nº 2
Na
minha opinião, a melhor palavra para representar
o ano de 2025 é “agente (IA)”. De facto, neste ano, a inteligência
artificial desenvolveu-se bastante, atraindo muitas vezes vários problemas,
como na educação: os alunos usam cada vez mais a inteligência artificial para
fazer os trabalhos de casa ou, pior, para fazer os testes. Eu acho esta palavra
mais importante que os “fogos”, que
eu pus em segundo lugar, mesmo se eles me afetaram particularmente porque, no
verão, quando fui a Portugal, fomos caminhar nos passadiços de Arouca e tudo à
volta estava queimado e o calor era insuportável. Como fomos de carro,
atravessámos também o Sul da França que, neste período, estava igualmente
afetado com fogos, várias estradas estando fechadas. Podíamos cheirar o cheiro
dos incêndios e do fumo. O “apagão” também me marcou bastante, embora menos que os
dois primeiros, pois a minha família em Portugal viveu isso e vendo, o que ele
provocou, nas notícias, nem podia imaginar o que os meus familiares viviam,
mesmo se durou pouco tempo, sem acesso a serviços básicos. Apesar disto, eu
acho que a IA representa mais este ano de 2025 porque, sobretudo na escola,
todos falam das consequências desta inovação.
(JBG)
JUSTIFICAÇÃO Nº 3
A palavra que escolhi como sendo a melhor representação do ano 2025 é a palavra “flotilha”. Ao contrário de outros assuntos apresentados nesta eleição, é um tema que já conhecia antes. A flotilha é importantíssima no caso da situação atual do mundo. Conhecendo o conflito entre Gaza e Israel sinto-me muito orgulhosa por ver Portugal e outros países ajudarem as pessoas que precisam. Acho que o tema da “agente (IA)” é também um tema bem internacional já que vemos muitos sítios internet a participar na evolução da IA. Não sou uma verdadeira fã de IA, mas acho que ela pode ser útil em áreas como a medicina, a história, etc… No caso do “apagão”, eu não escolhi realmente essa palavra para o terceiro lugar por causa da sua importância em Portugal, mas porque eu conhecia esse assunto e eu estava no Sul da França quando esse acidente aconteceu.
Só
espero só que a palavra “flotilha” vença, por causa das dificuldades horríveis
do povo de Gaza!
(EB)
JUSTIFICAÇÃO
Nº 4
Eu
coloquei a palavra “eleições” na última posição porque eu acho que não é tão grave como o
acidente do elevador da Glória que “custou vidas”. E mesmo se a palavra “elevador” nos
faz refletir sobre a vulnerabilidade das máquinas, consegue ser menos relevante
do que a palavra “perceção”. Na
verdade, o facto de as opiniões dos portugueses estarem frequentemente
desalinhadas da realidade é algo muito problemático. Outra razão que me levou a
colocar a palavra “eleições” na última posição é o facto das eleições serem
frequentemente muito polémicas ao longo da história, isso não é uma novidade. Na
minha opinião, estas três palavras são as menos importantes das dez palavras
propostas para eleição, porque eu penso que evocam problemas que se resolvem
mais facilmente do que, por exemplo, os incêndios.
(RPB)
JUSTIFICAÇÃO
Nº 5
Para
mim, a pior palavra para representar o ano de
2025 é “moderado”, pois eu nunca tinha ouvido falar sobre as medidas
que geraram polémica. Mesmo depois de me ter informado, eu acho que essa
palavra não poderia representar este ano. A palavra “tarefeiro” fica no penúltimo lugar porque, mesmo se já ouvi
falar, não me interessa este tema, apesar de estar consciente que isto pode ser
injusto em muitos casos, pois os tarefeiros não têm salário fixo e são pagos à
tarefa, podendo assim ser mal pagos. Por último, eu pus a palavra “perceção” no
oitavo lugar porque me marcou mais do que as outras duas, mesmo se não ouvi
falar muito deste assunto. Quando o meu irmão partiu o pulso na ginástica, ele
teve de esperar no hospital durante seis horas antes de pôr o gesso. Ele
contou-me que havia muita gente, com problemas menos graves do que o dele, que
reclamava na sala de espera e era insuportável, pois elas exageravam e acabavam
por incomodar todo o mundo. A sensação delas estava com frequência desalinhada
da realidade.
(JBG)
JUSTIFICAÇÃO
Nº 6
Na minha opinião, a palavra “moderado” é a menos interessante dessa lista. Pode ser importante em Portugal, com certeza, mas eu acho que é só uma contestação fútil de proprietários ricos. Parece-me que esse assunto não é tão essencial como os outros dessa lista. No caso do “elevador”, acho que refere uma história trágica, porque houve mortes, mas, a importância desse acidente não é capital. Nunca ouvi falar desse acontecimento antes de ter visto essa eleição da palavra do ano e não a pus em último lugar só por respeito pelas pessoas que morreram. Finalmente, para a palavra “imigração” tenho a dizer o seguinte: acho que é um assunto importante, quase mundial para os países acolhedores dos refugiados, mas, já falámos tanto desse assunto no passado... Em França, também não passa um dia sem ouvirmos falar sobre imigração. Eu, claro, tenho pena dos refugiados, obviamente, mas só acho que é um assunto demasiado abordado e por isso coloquei a palavra que o refere em oitavo lugar.
(EB)



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