terça-feira, 24 de março de 2015

Dans la peau de Cyrano : 44 alunos do 9º ano na plateia do TAD esta tarde



Na sequência do espetáculo, os alunos debateram sobre a peça na aula e coletivamente redigiram a apreciação crítica. Aqui fica o resultado do trabalho realizado:




No dia 24 de março de 2015, fomos assistir ao espetáculo “Dans la peau de Cyrano” da companhia La Cie qui va piano. Com Nicolas Devort entramos numa escola com o protagonista Colin, um rapaz gago, órfão de pai, envergonhado e discreto. Nicolas Devort é polivalente no sentido em que representa não só Colin, mas todo o elenco que desfila diante do público durante uma hora e meia. Esta peça de teatro teve momentos bastante fortes e outros pouco conseguidos. Vamos ver quais.

O único ator em palco representa bastante bem sete personagens, atribuindo-lhes características individualizantes. As transições entre os personagens foram bem feitas, mesmo se por vezes eram rápidas e algo repetitivas.
     O preto domina o palco e o guarda-roupa, uma forma de levar o público a concentrar-se no discurso dos diferentes personagens representados. Uma estratégia que permite deixar livre a imaginação do público, mas que peca por falta de cor.
     A música e a ilustração musical da peça passa pela viola de Colin: quando toca viola, e diga-se de passagem que toca muito bem, Colin perde a sua gaguez; à medida que o espetáculo avança, Colin vai ganhando confiança e segurança, a gaguez vai desaparecendo e as transições musicais entre cenas são cada vez mais longas. A música está assim carregada de significado.
     A iluminação limitou-se a um foco amarelo centrado no ator; pontualmente serviu para projetar no chão uma janela, uma forma de mostrar que a ação deixava a escola e desenrolava-se fora dela.
     A voz off que nos introduz na peça e marca o seu final é uma estratégia interessante, mas nem sempre apreciada pelo público.
     Antes de concluir esta nota gostaríamos de mostrar o nosso desagrado pela observação final do ator relativamente ao comportamento do público, considerado inadequado.

Esta peça aborda diferentes temas suscetíveis de interessar os jovens a saber: a gaguez, a diferença, a morte, a relação pais-filhos, a relação afetiva entre os jovens, o bullying. Um bom espetáculo para os jovens a partir dos 12/13 anos!

Turma de 3e (9º ano) do PMC

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